Amazon abre sua primeira loja física em Seattle. O que isso significa para o varejo tradicional?

Há tempos o varejo tradicional já despertou para o e-commerce e dezenas de grandes varejistas já vendem uma fatia relevante dos seus produtos online. A surpresa, esta semana, é a maior gigante do e-commerce fazer o caminho inverso: sair do mundo virtual e tornar-se tão real quanto as centenárias redes de lojas tradicionais. Por que a Amazon deu este passo? Aqui passamos a especular algumas das razões pelas quais Jeff Bezos está provando um pouco da dureza de tijolos e cimento.

Aprender com clientes ao vivo: A interação com clientes no ponto de venda pode trazer insights muito ricos para a empresa como um todo. Um vendedor com o script correto pode identificar qual tipo de produto está iniciando seu ápice ou sua descida (ou seja: trends). Quais reações emocionais demonstra ao avaliar um perfume ou um brinquedo para criança, e qual época do ano e o que leva um cliente a falar sobre sua experiência na loja física Amazon?

Branding: Parece incrível pensar que a onipresente Amazon preocupa-se em ser reconhecida. Mas se até a poderosa Coca-Cola investe milhões em marketing e distribuição todos os anos, por que a Amazon deveria ficar de fora? Num mundo com 1000 canais de TV, Spotify, Netflix e telas de smartphones competindo pela atenção das pessoas, talvez o raciocínio do time de branding da Amazon seja: é provável que o dólar investido em pontos de venda no centro de Seattle, em Londres, Berlin ou Miami seja revertido em mais branding para nossa marca do que milhões em anúncios na TV ou em mídia digital. O volume de mídia espontânea capitaneado pelas lojas Apple na mídia de todo o mundo não nos deixa mentir.

Teste de hipóteses de consumo: Todos nós conhecemos as famosas recomendações da Amazon. Se você compra uma câmera digital logo chegam ofertas de tablets ou relógios inteligentes. E se o ponto de venda fosse mais um canal para comprovar hipóteses? Existe uma linha de produtos com uma curva de consumo ascendente? Por que não criar uma vitrine ou dar destaque no espaço físico da loja para ver se as vendas ali também aumentam? A ideia é ter uma comprovação qualitativa e talvez até uma explicação com base na narrativa dos consumidores atingidos pela oferta.

Integração on- e off-line: Combinar a jornada do consumidor digital com a do ponto de venda pode ser o objetivo mais sofisticado da equipe da Amazon. Imagine você olhando casacos para o próximo inverno no site, mas no último momento desiste de comprar porque não está seguro quanto ao tamanho. Algumas horas mais tarde, já no escritório, próximo a pausa para o almoço, recebe um alerta no seu smartphone de uma oferta com 15% de desconto daquele mesmo casaco que está disponível na loja Amazon no shopping ao lado. Você se animaria a efetivar a compra?

Independentemente do motivo, se conhecemos bem a Amazon, a empresa ainda pode nos surpreender com mais aplicações. Prevemos, para breve, dezenas de pontos de venda nas principais capitais do mundo.

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