10 anos de Facebook. E agora?

Desde quando começou seu crescimento exponencial, o Facebook tem sido objeto de especulação entre dois grandes ambientes, financeiro e midiático. Acima de tudo, o frenesi da mídia foi sobre os adolescentes.

Uma vez que a percepção era de que o crescimento da rede de Zuckerberg tinha sido dirigido por jovens – que são conhecidos por serem inconstantes em suas filiações – o preço das ações do Facebook chegou a ser correlacionado aos rumores de que os adolescentes estavam, ou que fossem ficar, entediados. A versão mais recente diz que os adolescentes estão repelidos pelo fato de que seus pais e avós estão se acumulando na rede social.

Um exemplo divertido das profundezas em que essas especulações se afundaram veio de um documento técnico de pesquisadores da Universidade de Princeton, em que eles usaram uma abordagem epidemiológica para modelar filiações das redes sociais. De acordo com os pesquisadores, aderir a uma rede equivale à infecção por uma doença contagiosa, enquanto que o abandono é uma analogia à recuperação. A conclusão é a de que o Facebook acabou de entrar na fase de abandono e que sua base de usuários em breve irá declinar.

Isto foi contestado por três pesquisadores do Facebook, que caçoaram da metodologia utilizada pelos acadêmicos, antes de aplicá-la aos dados sobre Princeton. “De acordo com o mesmo princípio científico”, concluíram eles, “nossa pesquisa demonstrou que Princeton pode estar em perigo de desaparecer por completo”.

Na verdade, a questão mais importante não é se os adolescentes vão abandonar o Facebook, mas se a sua adoção pelo grande número de adultos vai resultar no cumprimento da visão de Zuckerberg de possuir um “gráfico social do mundo” – a rede de conexões sociais online da humanidade. Se isso acontecer, então a mudança da nossa sociedade para um território completamente desconhecido estará completa.

Fonte: The Guardian

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