Em quase 2 décadas já vimos de tudo quando o tema é escolha de uma plataforma para gestão de social media. A complexidade predomina no processo de escolha: há plataformas para todos os tipos de demandas, orçamentos e gostos.
Por isso, vamos começar o artigo revelando que temos a nossa própria plataforma, Buzzmonitor, que já é uma operação independente da Elife. Porém mesmo tendo a nossa plataforma, a Elife, por ser uma empresa global e com presença em diversos países, tem o privilégio de usar diversas outras plataformas diariamente, a pedido dos clientes. E por isso nos foi possível entender como cada solução contribui para o negócio do cliente. Aproveitando esta experiência, listamos alguns itens essenciais na escolha de uma plataforma de social media e os erros mais comuns na contratação. Boa leitura e boa escolha.
Quando falamos de social media, não estamos falando apenas de uma demanda. Mesmo sendo uma sub-área do Marketing Digital, a gestão de mídias sociais abrange uma infinidade de demandas como: monitoramento e inteligência de redes sociais, atendimento ao consumidor, identificação e gestão e influenciadores, gestão de anúncios, produção e gestão de content marketing, gestão de presença on-line, visualização de dados e muito mais.
É preciso definir inicialmente qual a razão de ter uma plataforma de social media, mas partindo do foco e da demanda interna. Às vezes, é comum que numa grande empresas existam departamentos com demandas distintas, mas que poderiam ser resolvidas pela mesma plataforma. Então faça o dever de casa antes e conheça todas as áreas e stakeholders da sua empresa quanto à demanda de uso de plataformas de social media. Visite todos os departamentos da sua empresa e entenda como cada time se envolve com o digital e com social media. Este é o primeiro passo para elaborar um documento de requisitos que irá guiar a escolha da plataforma adequada.
Erro mais comum: áreas distintas como SAC e Inteligência de Mercado compram plataformas de gestão de social media distintas. Em muitos casos, dobram-se os custos e se descentraliza a visualização dos dados do consumidor da marca.
Qual o tamanho da sua demanda?
Entendido qual a demanda, é necessário descobrir qual a plataforma que vai atender sua demanda. Há soluções para todos os gostos, desde plataformas globais que custam 1 milhão de dólares anuais até soluções locais, do seu país ou mesmo da sua região que custam menos de 50 mil dólares anuais. Observamos que há vantagens e desvantagens em todas as soluções. As soluçòes globais permitem uma visão global e consolidada de dados em todas as subsidiárias de uma corporação. Por outro lado, pedir suporte ou solicitar um simples treinamento presencial pode comprometer o seu orçamento, que deveria estar sendo investido em ações mais estratégicas de marca. Apesar das plataformas globais se venderem como melhores que as locais, as funcionalidades são muito similares e todas usam a mesma fonte de dados, que são as APIs pagas ou gratuitas que as redes sociais liberam a seus parceiros.
Erro mais comum: ser uma empresa local e comprometer toda sua verba com uma plataforma global de social media.
Quais suas redes prioritárias?
Na escolha de uma plataforma é preciso avaliar quais as redes sociais que sua marca está e aonde ela recebe mais menções, além das redes que são prioritárias para seu negócio. Parece óbvio, mas há empresas que são seduzidas por discursos de vendas e esquecem de incluir redes prioritárias hoje como Instagram na gestão e monitoramento de social media. É possível usar serviços online para estimar o share of buzz da sua marca por rede. Com esta informação fica mais fácil decidir qual plataforma atende a demanda do seu negócio.
Erro mais comum: optar por uma plataforma que não entrega dados da rede social mais importante para seu negócio.
A plataforma é confiável?
Num mundo pós Cambridge Analytics, escolher uma plataforma de social media é tarefa sensível. A plataforma escolhida irá sincronizar com sua marca através de um social login e trafegar dados dos seus clientes diariamente. Então além de uma empresa idônea, é aconselhável que esta empresa seja parceiro oficial das redes sociais com as quais trabalha.
Felizmente as próprias redes sociais, como o Facebook, mantém uma lista de parceiros oficiais. Para se tornarem parceiras, as plataformas precisam respeitar uma série de regras para utilização da API de dados, que as torna mais cuidadosas em relação ao uso dos mesmos. Deve-se pedir então às soluções avaliadas documentos que comprovem que são parceiras oficiais das redes sociais, pois isso garante que os dados são obtidos de maneira oficial e lícita.
Erro mais comum: escolher plataformas de gestão de social media que não são parceiras oficiais e que oferecem soluções de dados não suportadas pelas redes sociais, gerando riscos para as marcas que a utilizam.
A plataforma consegue captar todo o buzz da sua marca e de campanhas?
Este é um dos grandes decisores ainda na escolha de plataforma de social media e um dos maiores problemas, pois depende de 3 fatores:
Configuração correta dos termos booleanos: duas ferramentas usando a mesma API de dados oficial de uma rede social podem obter dados completamente distintos, dependendo de como foi redigido o termo booleano. Não é um problema de tecnologia, mas do analista de social media que cadastra os termos. Geralmente há regras diferentes em cada rede social para cadastro de termos. E apesar da maioria das ferramentas ter simplificado muito este trabalho, a experiência do profissional que pilota a sua plataforma ainda faz toda a diferença.
Acesso a APIs especiais e pagas: dependendo da sua demanda de monitoramento de redes sociais, por exemplo, será necessário adquirir o acesso pago a APIs para que a plataforma obtenha todo o acesso aos dados. Plataformas como o Twitter por exemplo, costumam cobrar pelo acesso a APIs pagas, como o Gnip. O pacote de dados mais barato de APIs como o Gnip custam mais de 20 mil reais mensais. Uma plataforma não necessariamente precisa usar uma API como esta, porém é provável que a plataforma não consiga coletar 100% do buzz marca, principalmente em casos de campanhas ou crises (quando o termo do Twitter vai a Trending Topic). Ou seja, se sua marca patrocina publicações no Twitter ou já teve um termo nos TTs, melhor usar o Gnip para coleta de dados.
Histórico de dados da plataforma: Série histórica da ferramenta: geralmente as redes sociais através de suas APIs oficiais dão acesso a históricos pequenos de dados (1 ou 2 semanas no máximo). Muitas plataformas então armazenam estes dados e os deixam disponíveis para consulta. Isso pode ser interessante para que sua marca tenha uma série histórica de dados No Buzzmonitor disponibilizamos uma busca histórica com acesso a todos os dados que possuímos nos últimos 30 dias gratuitamente ou períodos maiores, na versão paga.
Erro mais comum: escolher uma plataforma sem comparar a performance de coleta de dados, principalmente em campanhas.