Na Avenida Paulista, em São Paulo, assim em outras capitais brasileiras, é impossível caminhar 500 metros sem ser importunado por pessoas fazendo vendas ou pesquisas de mercado. Um observador atento irá logo ver que a grande maioria das pessoas se sente invadida com a abordagem e fogem dos recenseadores.
O telefone é a mesma coisa. A impressão é que a pesquisa de mercado não evoluiu muito nas suas metodologias, se tornando um exemplar raro do que se fazia no século passado.
Um novo cenário
O Brasil hoje tem 208 milhões de habitantes, sendo que 100 a 150 milhões são usuários ativos no Facebook. É possível identificar estes brasileiros ali mesmo na Paulista: eles caminham de cabeça baixa mirando a tela do celular. No Brasil, 139 milhões de pessoas têm um celular. São Paulo tem 41 milhões de habitantes, enquanto 30 a 35 milhões deles são usuários ativos no Facebook.
Com a presença tão forte de pessoas cada vez mais conectadas ao Facebook, a investigação de mercado usando a internet ganha um novo significado. Acabam-se as desculpas de que a rede não consegue aferir opinião de determinadas segmentações sociais e as técnicas de coleta e análise de dados se sofisticam.
É preciso que marcas entendam que seu público agora está no celular o tempo todo e na internet, e não tem mais tempo nem paciência para responder questionários na rua ou por telefone. É a morte também dos longos questionários de pesquisa.
Uma nova forma de se obter inteligência
Esse novo cenário propõe uma nova forma de se obter inteligência. A partir da aplicação de questionários via Facebook Messenger, novas possibilidades surgem para as empresas.
- Recorrência da pesquisa: agora é possível aplicar diversas pesquisas para um mesmo público e assim identificar waves de pesquisa.
- Segmentação: o público pode ser segmentado com base em comportamentos reais explorados pelo próprio questionário ou através de segmentação já usada em marketing digital – ou seja, opções infinitas.
- Tempo de resposta: os questionários podem ser respondidos com rapidez e podem ser interrompidos a qualquer momento para que sejam respondidos posteriormente. Eles se moldam ao contexto do respondente.
- Objetividade: os questionários online são objetivos e focados no que a empresa deseja saber.
- Sem limite geográfico: os questionários podem ser aplicados em qualquer lugar.
- Ambiente: não é preciso mais deslocar o respondente para outras plataformas, tudo é feito no ambiente que ele já está inserido: o Facebook ou o Messenger.
Uma nova forma de perguntar
Os questionários se enquadram na nova realidade dos respondentes, que prezam pela objetividade e desejam saber não apenas o tamanho do questionário, mas o tema central da pesquisa e o que ele pode aprender com ela. Para isso usamos a “gamification”, na qual o respondente pode ter um diagnóstico da sua personalidade ou do seu perfil como resultado das questões que respondeu.
A linguagem deve ser objetiva, com menos introduções, menos texto e mais imagens. Além disso, o questionário deve ser ter blocos de até quatro perguntas, para evitar o abandono ao questionário.
Juli – Hair: os resultados e insights da pesquisa de mercado
A metodologia usada para a aplicação do estudo foi um questionário estruturado aplicado via Facebook Bot com segmentação de entrevistas por meio de mídia e questionário de filtro. A amostra é de 147 respondentes.
Todos os resultados foram obtidos por meio do questionário aplicado pela Juli no Facebook Messenger.
Os resultados da pesquisa
Perfil geral
Rituais de lavagem
Insight: pessoas mais velhas reportaram mais lavagens por semana do que as mais novas e há a forte presença de até três lavagens por semana em pessoas até 21 anos.
Insight: a maior presença de lavagens à noite para pessoas mais jovens e mais velhas pode indicar maior flexibilidade de horários.
Insight: cabelos secos, se levados com muita frequência, tendem a ficar ressecados. Já os oleosos precisam de maior recorrência para que não fiquem pesados.
Cuidados com os fios
Insight: mulheres mais jovens tendem a ser mais independentes, mas vão passando a adotar mais cuidados profissionais com a chegada da idade.
Insight: secador e chapinhas são necessários para dar acabamento aos cabelos lisos, ao passo que os crespos não lidam bem com esses processos.
Preferência por produtos
Insight: reconstrução é um aspecto importante para mulheres de cabelos crespos, que tendem a ter fios mais secos. Quanto mais próximos os fios são ao liso, mais a reconstrução perde espaço para o poder da hidratação.
Como escolhem?
Insight: os extremos de pessoas mais jovens e mais velhas que confiam mais em seus amigos do que na publicidade.
Mainfindings
- A respondente da pesquisa de cuidados com os cabelos é jovem, com idade média de 28 anos e com grande concentração na faixa entre 21 e 30 anos de idade.
- Tem hábitos de higiene matinais e prefere, em dois terços dos casos, lavar seus cabelos neste horário.
- A rotina de limpeza é bem dividida, sendo que 40% delas lava os cabelos até três vezes por semana e 60 são mais frequentes.
- Elas têm predominantemente os cabelos mistos e ondulados (ambos com 46%).
- Alguns comportamentos, como tipo ou textura dos cabelos impactam diretamente na frequência e horário de lavagem.
- São mulheres independentes, que cuidam sozinhas de seus cabelos (74%) e que têm mais confiança em suas redes sociais do que na publicidade para escolher produtos (54% delas dizem confiar em amigos).
- 57% usam alguma técnica caseira no cuidado dos fios.
Aqui você confere todos os resultados do estudo com detalhes:
Ficou interessado em fazer uma pesquisa de mercado utilizando a Juli? A pesquisa sobre cuidados capilares é apenas uma amostra do que pode ser feito.
De acordo com o briefing passado por cada empresa, uma infinidade de tipos de questionários de pesquisa de mercado podem ser aplicados via Facebook Messenger para a obtenção de resultados e insights como esses.
Para mais informações, entre em contato com a E.life aqui.