Diversidade na comunicação de marcas: como as brasileiras e brasileiros são representados pelos principais anunciantes

Lutar por direitos básicos e dignos é uma missão diária para muitas pessoas na sociedade. Em um país tão diverso de raças, cores, sexualidades e muito mais, ainda vemos diversos grupos sendo invisibilizados. E, se no mundo real já é assim, como os grupos minoritários são representados no universo  das redes sociais? 

A resposta para essa pergunta vem na 5ª edição do estudo “Diversidade na Comunicação de Marcas”, assinado pela Buzzmonitor em parceria com a Elife e a SA365. Para apresentar os dados, foram analisadas as postagens dos 20 maiores anunciantes do Brasil (de acordo com o ranking do Meio e Mensagem) durante o ano de 2022. Ao todo, foram 24.306 posts, dos quais 7.310 continham pessoas.

Resumo do estudo: 

  • No Twitter, foram analisadas 12.413 publicações dos maiores anunciantes. Dessa quantidade total de posts, apenas 3.375 tinham a presença de pessoas. 
  • No Instagram, foram 8.041 postagens dos maiores anunciantes. Da quantidade total, apenas 2.712 tinham a presença de pessoas. 
  • No Facebook, foram 3.852 publicações dos maiores anunciantes. Do total, apenas 1.223 postagens continham pessoas. 
REDES SOCIAIS

TWITTER

INSTAGRAM

FACEBOOK 

POSTS TOTAIS

12.413

8.041

3.852

POSTS COM PESSOAS

3.375

2.712

1.223

A divisão dos grupos foi feita da seguinte forma: 

  • Brancos;
  • Heteros;
  • Mulheres;
  • Homens;
  • Negros;
  • LGBTQIAP+ (com destaque para pessoas trans);
  • Gordos;
  • Idosos;
  • Pessoas com deficiência;
  • Asiáticos;
  • Indígenas.

E, a divisão das categorias foram: 

  • Financeiro;
  • Varejo;
  • Farmacêutica;
  • Higiene e Beleza;
  • Entretenimento;
  • Telecomunicações;
  • Bens de Consumo;
  • Alimentos e Bebidas;
  • Limpeza Doméstica. 

Processo metodológico: 

  1. Identificação dos principais anunciantes; 
  2. Seleção das marcas + setup na Buzzmonitor;
  3. Mineração dos dados;
  4. Seleção dos posts contendo protagonistas humanos;
  5. Classificação dos grupos presentes na imagem;
  6. Cruzamento dos dados entre categorias e grupos representados;
  7. Análise quantitativa e qualitativa dos dados. 

Resultados: presença na publicidade vs população 

Pessoas negras – Assim como no ano anterior, a presença de negros segue crescendo e ultrapassa os patamares vistos desde 2018, quando o estudo teve início, e quebrando o recorde histórico da série. Dos 56,1% da população negra, 52,7% foram representados nas redes sociais. As categorias Higiene/Beleza, Varejo e Telecom foram as mais representativas. 

LGBTQIAP+ – A presença de pessoas sexualmente diversas se mantém estável após a retomada da parada, em 2021. Dos 12% da população que se encaixa no grupo, segundo o IBGE, o estudo aponta que apenas 7,2% foram representados na comunicação. As categorias Bens de Consumo e Higiene/Beleza foram as mais representativas, com destaque para as marcas Close-up, Seda e Engov. 

**As pessoas trans representam 5,2% dos 7,2% de aparições, e as marcas de destaque são: Unilever e Close-up. 

Idosos, Gordos e PCDs – Gordos, idosos e pessoas com deficiência são os grupos com maior disparidade entre a representação na comunicação digital e a presença na população. Como a classificação se restringe ao que é possível ver na imagem, PcDs podem estar sub representados em nossa amostra. 

O setor de farmacêutica é o que mais usa idosos em sua comunicação (7,5%), seguido de alimentos e bebidas (3%)  e telecomunicações (2,8%). 

Asiáticos – Os asiáticos são a ÚNICA minoria super representada. Apesar de corresponderem apenas a 2% da população brasileira, de acordo com o IBGE, a representação encontrada no estudo foi de 3,3%. Sobre os segmentos mais representativos, temos: Bens de Consumo (12%), Entretenimento (7,1%) e Bancos (3,6%).

Pessoas brancas, homens e mulheres – A proporção de pessoas brancas, que no ano anterior era a mais representada (68%), passou a ser a segunda mais representada com (65,3%). Apesar da queda, esse volume ultrapassa a presença das pessoas brancas na população, que é de 43%.

Essa supervalorização é presente também nos homens e nas mulheres, mas a participação de pessoas brancas e mulheres vem caindo e, tirando anos pontuais, esta é uma tendência que foi observada desde o começo do estudo. 

Já a proporção de homens aumentou, contrariando a tendência que tínhamos nos anos anteriores de peças com menos pessoas do gênero masculino. 

Indígenas – Segundo o IBGE, 0,5% da população brasileira é indígena. Essa população esteve presente em apenas em 0,2% das publicações (18 posts). As categorias com maior representatividade foram: Bens de Consumo (4%), Alimentos e Bebidas (1%) e Telecomunicações (1%). 

 

Tem muito mais insights sobre esse estudo.

Para saber mais, assista abaixo ao vídeo completo do nosso Webinar de Diversidade na Comunicação. 

Diversidade na comunicação de marcas: como as brasileiras e brasileiros são representados pelos principais anunciantes
Rolar para o topo